Projeto
Até 2014, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) acomodava diariamente 3 milhões de passageiros ferroviários na área metropolitana de São Paulo, Brasil. Operações dessa escala já eram um desafio antes da cidade ser selecionada para sediar a cerimônia de abertura e seis partidas da Copa do Mundo de 2014. A CPTM esperava que legiões de torcedores do mundo todo comparecessem aos jogos locais e à Fan Fest da FIFA, a festa oficial de exibição dos jogos, durante os 31 dias de competição. A CPTM previu que mais 68.000 pessoas entrariam no sistema de trânsito a cada dia e muitas delas não estariam familiarizadas com a forma de deslocamento pelas estações.
Solução
Para superar este desafio, a CPTM utilizou o LEGION Simulator para prever a movimentação de passageiros nas estações, particularmente na estação Corinthians-Itaquera, que passou a ser o foco, devido à sua proximidade com a Arena Corinthians, principal estádio para o evento. Técnicos de vários departamentos organizacionais coletaram e validaram os dados da estação, construíram um modelo dinâmico da estação e analisaram a movimentação de passageiros dentro do modelo. A análise indicou que a chegada aos jogos não causaria problemas de congestionamento, mas sim as saídas dos jogos, devido à grande quantidade de pessoas se locomovendo ao mesmo tempo.
Resultado
Durante a interação dentro da simulação de passageiros, a CPTM determinou que a colocação de 14 blocos em L na entrada da estação reduziu significativamente a densidade média da população no mezanino e melhorou o fluxo à medida que os torcedores saíam do mezanino. A CPTM realizou testes especiais dos blocos L antes do início da Copa do Mundo e provou que os planos de simulação funcionavam no mundo real. Dos 68 mil torcedores que assistiram ao jogo de abertura, quase 37 mil utilizaram a estação Corinthians-Itaquera. A CPTM determinou que a estação não teria acomodado os passageiros adicionais sem as modificações testadas no software de simulação de passageiros.
Software
O LEGION permitiu à CPTM modelar os detalhes realistas da movimentação de passageiros em espaços específicos, bem como considerar como os passageiros se comportariam quando não estivessem familiarizados com a área. Estes dados determinaram onde os gargalos provavelmente ocorreriam. Dentro do LEGION, a CPTM testou mudanças específicas em áreas públicas—tais como a largura das escadas, a localização das catracas e a colocação de barreiras temporárias—para medir seu impacto no fluxo do tráfego de pedestres. Com as simulações no LEGION, a CPTM testava soluções antes de estabelecê-las em situações reais.
Playbook do Projeto: LEGION